Naturalmente Bonita

Dia da Mulher: Vamos Falar Sobre a Rivalidade Feminina?

Já estamos em 2019 e cada vez mais vemos os direitos da mulher sendo pauta de pesquisas. Estudos pra mudar o cenário estão sendo feitos e empresas estão criando espaços de poder para a ocupação feminina em cargos importantes. O lugar da mulher é onde ela quiser não poderia ser mais palpável. E nós ainda fazemos fofoca, culpando outras mulheres por tudo e nos comportando de forma desunida!

dia internacional da mulher

Precisamos parar de julgar, comentar e avaliar o corpo das outras mulheres. Precisamos rever se é preciso criticar a roupa da sua amiga, o peso da sua filha ou a forma como a sua vizinha se comporta. Somos muito rígidas entre nós e é difícil para caramba construir uma boa autoestima quando temos tanto medo do julgamento das outras pessoas. Mas a verdade é: temos medo de que o outro nos julgue como julgamos outros. Somos muito exigentes com outras mulheres. Por isso quis trazer esse tema.

No Dia Internacional da Mulher não dê uma flor ou um presente qualquer. Dê um abraço, um ombro de apoio, estimule o crescimento das outras mulheres ao seu redor.

A rivalidade feminina nada mais é do que um mecanismo para nos controlar. É tão enraizado que a gente não nota! Nos julgando temos medo da opinião da outra pessoa, nos cerceamos e nos controlamos, assim, deixamos todas as mulheres inseguras e dentro de uma caixinha. Se não precisamos obedecer a um único padrão de beleza ou comportamento, nos tornamos mais próximas de sermos livres pra sermos quem somos de verdade. Pra sermos mais felizes conosco, independente da opinião das outras pessoas.

Precisamos aceitar o fato de que existe diversidade e sermos diferentes é o que nos torna únicas. Não é à toa que esse time de embaixadoras da Bio Extratus está sempre crescendo em diversidade e opções.

Não estamos aqui para competir, nem para rivalizar. Estamos aqui para somar e trazer para vocês as mais diferentes formas de olhar para si e para os seus cabelos.

Cada uma de nós têm uma essência e uma verdade única, e quanto menos rígidas somos sobre as crenças que a sociedade nos ensina, mais conseguimos nos conectar com essa parte de nós e preencher nossas lacunas e vazios com o que nosso coração realmente demanda. Então, a fofoca, a competição entre mulheres e o medo do julgamento só nos limita, pois nos dá medo de nos expressarmos como somos.

Por isso, nesse dia, se dê se presente uma flexibilização do olhar.

Já elogiou sua mãe, irmã ou amiga hoje? Que tal resgatarmos esse movimento aqui?

Precisamos aprender a nos julgar menos e, com essa flexibilidade, julgar menos as outras mulheres. Não critique o corpo da outra mulher, você não gostaria que criticassem o seu. Não cobre dela uma perfeição que nem mesmo você consegue ter. Não diminua ou ridicularize outra mulher só porque você não a entende. Perceba que pessoas diferentes têm suas histórias. Quando você entende que não precisamos ser todas iguais, com mesmo corpo, carreira, cabelo, comportamento ou nariz, fica mais fácil ter empatia.

Quase todas fomos criadas – ainda que inconscientemente – para competirmos entre nós! Que esse dia seja importante para lembrarmos que não precisa ser assim. O que a gente não nota é que essa competição nos leva ao péssimo hábito da comparação e essa é, pra muitas, a maior inimiga de uma boa autoestima. Quando nos comparamos menos, focamos mais em nós, investimos nosso tempo nos nossos meus projetos e assim fazemos nossa vida acontecer!

Rivalidade feminina e fofoca vendem revista e geram cliques. O mercado pode não estar interessado em acabar com isso, mas nós podemos estar! Não caia nesse jogo, não entre nessa pilha, sempre que o foco for uma fofoca ou um julgamento referente a outra mulher, repense seu papel nessa conversa. Busque entender o que te irrita nela a ponto de você perder seu tempo falando nisso. As vezes vamos descobrir que a outra mulher não está ligando para o que pensam. Ela apenas está sendo livre ou agindo conforte suas próprias vontades, sem medo de ser feliz.

Se for isso, que mal tem?

Julgue menos, encare a vida de uma forma mais flexível, entenda que a beleza está na diversidade, que existem vários tipos de talentos, que a inteligência tem várias formas. Quanto mais amoroso, compreensivo e acolhedor for seu olhar com a outra mulher, mais acolhedor ele será com você mesma. Quanto menos você julgar, menos medo você terá de ser julgada.

Nos criaram dizendo que fofoca está no nosso DNA… Não acho que seja verdade! Só fomos educadas numa sociedade onde mulheres falando da vida de outras mulheres é normal. Naturalizamos um julgamento que depois só vem a nos limitar, porque a liberdade do outro só nos incomoda quando a gente não está podendo ser a gente mesma!

Acho que podemos aproveitar o Dia Internacional da Mulher para pensar sobre isso! Porque esse papo de rivalidade feminina é só mais uma forma de nos controlar e nos impedir de sermos livremente do nosso jeito, amando a nossa natureza como ela é.

Joana Cannabrava

Carioca solteira no Rio de Janeiro, libriana, viciada em produtos de cabelo, e blogueira do Futilidades. Fala principalmente de ...

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