Naturalmente Bonita

Exercícios de alta intensidade X perda de peso

3.ago.2016
Foi-se o tempo onde era necessário passar horas na academia para conseguir perder peso. Nos dias de hoje, muita gente não tem tempo disponível e nem disposição depois de um dia exaustivo de trabalho. Quem nunca (ou até hoje) ficou uma hora e meia na esteira e depois foi fazer aula de dança, spinning e nada do ponteiro da balança descer?
Estudos mostram que exercícios de alta intensidade e num intervalo de tempo mais curso são bem mais eficazes. Explico:
Inegavelmente, existe uma relação direta entre a prática de exercícios físicos e o controle da ingesta alimentar no metabolismo de lipídios. Tal controle não se reflete apenas em adaptações metabólicas e fisiológicas, mas também em diversas adaptações em nível molecular.
Tais adaptações incluem o aumento e/ou diminuição na expressão de diversos genes, sinalizadores e fatores de transcrição que modulam direta ou indiretamente proteínas responsáveis pelo controle do transporte, armazenamento e oxidação de ácidos graxos (gorduras).
Estudos mostram que o treinamento físico é uma estratégia fundamental no processo deemagrecimento, visto que o mesmo estimula a oxidação de ácidos graxos e sua posterior utilização pelo músculo esquelético. A intensidade do exercício está diretamente relacionada a essa oxidação, ou seja, quanto maior a intensidade maior a oxidação de ácidos graxos.
A mitocôndria é uma organela fundamental no processo de emagrecimento nela ocorrem a β-oxidação e ciclo de Krebs. O exercício de alta intensidade estimula fatores de transcrição que atuam na biogênese mitocondrial (aumento no tamanho e número de mitocôndrias). Com o aumento da quantidade de mitocôndrias a oxidação de ácidos graxos é mais estimulada, o que otimizaria o gasto de lipídios e consequentemente promoveria o emagrecimento com mais eficiência.
O exercício físico realizado em alta intensidade quando comparado ao de intensidade moderada provoca um maior estimulo em fatores de transcrição que são fundamentais no processo de oxidação de ácidos graxos.
Diante disso podemos afirmar que o exercício de alta intensidade pode ser uma estratégia eficaz para o processo de oxidação de lipídios e consequente promoção de emagrecimento.

Renata Rodrigues

Nutricionista formada na UNI-BH, Renata sempre se preocupou com a forma física e com hábitos alimentares saudáveis. Possui cinco pós-graduações concluídas e uma em curso – em Manejo Nutricion...

Alimentação durante a TPM

6.jan.2016

Durante o período pré-menstrual vários sintomas como  dores de cabeça, câimbras, obstipação intestinal, edema e irritação são comuns, porém podem ser amenizados com uma dieta contendo alguns alimentos que ajudam a evitar estes agravantes. Supõe-se que uma ingestão aumentada de cálcio poderia prevenir as alterações no humor antes e após o período menstrual. Assim, um copo de leite magro extra ou uma xícara de couve por dia parecem ajudar na cura ou prevenção destas alterações.

A intensidade do fluxo menstrual pode ocorrer devido à carência dos alimentos ricos em manganês. Para ajudar a prevenir essas perdas menstruais anormalmente intensas, ingerir alimentos ricos nesse nutriente como frutas (principalmente abacaxi) e vegetais; grãos integrais; nozes e sementes.

Uma pequena ingestão de carboidratos ricos em amidos (pão, batata, massas, aveia, arroz) a cada 3 horas e uma hora ou menos antes de se deitar ou levantar, combate os sintomas da TPM.

Um dos fatores que podem afetar negativamente a TPM é a cafeína, portanto seria adequado não ingerir bebidas que contenham a mesma como chá, café ou refrigerantes.

Uma dieta saudável é capaz de amenizar os desconfortos da síndrome pré-menstrual. Vejam quais são os nutrientes e os alimentos que recomendados neste período…

  • Vitamina B6: contra enjôo, cefaléia e irritabilidade. Boas fontes: arroz integral, germe de trigo, aveia, amendoim, nozes, batata, banana, salmão, atum, fígado de boi.
  • Vitamina E: evita cefaléia, dores nas mamas e cólicas. Boas fontes: cereais integrais, noz, castanhas, azeite de oliva, azeitona, óleo de soja e de girassol, milho, gema de ovo, agrião.
  • Cálcio: alivia cólicas, dor nas costas e nervosismo, porque diminui a contração muscular dolorosa do útero e diminui a retenção de líquidos. Boas fontes: leite e derivados, vegetais e folhas verde escuros, couve e brócolis.
  • Magnésio: este mineral tem função complementar às funções do cálcio, portanto pode diminuir dores na intensidade de contração dos músculos. São boas fontes de magnésio as folhas verdes escuras.
  • Ácidos Graxos: reduz irritabilidade e dores nas mamas. Boas fontes: óleos de peixes marinhos e frutos do mar (ricos em ômega 6 e ômega 3) Bons exemplos: salmão e atum.
  • Vitamina D: necessária à assimilação de cálcio e magnésio, nos ossos. Porém, não é específico para a TPM, e sim para toda a vida da mulher, pois previne a osteoporose.

Cuidado com alguns alimentos…

  • Café: atua sobre o sistema neurosensorial, age sobre o sistema rítmico, acelerando o coração a digestão, além de conter inúmeras substâncias da torrefação do café que são tóxicas e muito prejudiciais ao fígado e a vesícula. O café parece atuar sobre o retículo sarcoplasmático, aumentando a permeabilidade ao cálcio, que torna disponível ao processo de contração, podendo provocar câimbras. A cafeína pode causar insônia, dores de cabeça e irritabilidade.
  • Chá Preto: atua no aparelho digestivo provocando obstipação.
  • Chá Mate: tem ação estimulante sobre o sistema nervoso, mas não é tão forte quanto o chá preto e o café.
  • Guaraná: tem conteúdo de cafeína três vezes mais do que no café, por isso deve ser evitado nesse período.
  • Chocolate: tem função semelhante ao café e o chá. Deve ser ingerido com moderação devido ao alto teor de gordura, podendo ocasionar ganho de peso.

Com relação às câimbras, estas podem ocorrer devido ao desequilíbrio de sódio e potássio, que favorece a entrada de cálcio na célula provocando a contração. Neste caso o ideal é o consumo de alimentos ricos neste nutriente (cálcio) que seriam os leites e derivados e alguns folhosos como brócolis e repolho principalmente.

 

Renata Rodrigues

Nutricionista formada na UNI-BH, Renata sempre se preocupou com a forma física e com hábitos alimentares saudáveis. Possui cinco pós-graduações concluídas e uma em curso – em Manejo Nutricion...

Reganho de peso pós cirurgia bariátrica

16.dez.2015
O sucesso da cirurgia bariátrica é definido como perda mínima de 50% do excesso de peso durante os dois primeiros anos e sua manutenção a longo prazo.
Após dois anos de cirurgia, os pacientes praticamente não emagrecem mais. nesse período, inicia-se a fase de manutenção, mas muitas vezes os pacientes voltam a ganhar peso. Mas, por quê isso acontece?
As hipóteses são:
Dilatação da bolsa gástrica e aumento da capacidade funcional absortiva do intestino delgado, reduzindo os efeitos restritivos e disabsortivos da operação:
Embora pouco comum a dilatação da bolsa gástrica ou da anastomose gastrojejunal pode ocorrer após a operação, em função da elasticidade do estômago. Essa dilatação leva à consequente redução da saciedade e aumento da ingestão alimentar a longo prazo.
Sedentarismo:
O sedentarismo, assim como o comportamento alimentar pode ser considerado importante fator na manutenção  e na reaquisição de peso. Diversos estudos mostram que a aderência ao programa de treinamento prediz a perda e manutenção do peso. Pacientes que praticam atividade física regular tem menor chance de reganho de peso.
Má qualidade da alimentação e retorno aos hábitos alimentares inadequados de antes da cirurgia:
Entre os principais fatores relacionados ao aumento do consumo de calorias podem-se considerar a melhora das intolerâncias alimentares e dos sintomas do Dumping, a dilatação da bolsa gástrica ou da anastomose gastrojejunal e a qualidade do alimento ingerido.
Em função da restrição alimentar provocada pela operação, os pacientes não conseguem ingerir grande volume de alimentos. Portanto, a qualidade do alimento ingerido passa a desempenhar especial valor no controle do valor calórico total da dieta.
Ao longo do tempo, observou-se que pacientes com maior dificuldade de manter o peso após a cirurgia são aqueles que apresentam o hábito de comer frequentemente, beliscando durante todo o dia, e que abusam de alimentos com alta densidade calórica como refrigerantes, doces, sorvetes, bebidas alcoólicas e guloseimas.
Redução da taxa metabólica basal:
Após a cirurgia, as alterações anatômicas e fisiológicas provocadas pela operação levam à rápida perda de peso. que parece estar associada a uma significativa perda de massa muscular. Com isso, há evidências que mostram redução na TMB e consequente predisposição dos pacientes a ganharem peso.
Vale lembrar que a cirurgia bariátrica não é milagrosa como muitos acreditam. Apesar de ser uma das melhores abordagens no controle da obesidade, ainda não é garantia de sucesso. Para que isso aconteça, ainda é necessário acompanhamentos nutricional, psicológico e médico adequado e atividade física regular.

Renata Rodrigues

Nutricionista formada na UNI-BH, Renata sempre se preocupou com a forma física e com hábitos alimentares saudáveis. Possui cinco pós-graduações concluídas e uma em curso – em Manejo Nutricion...