Naturalmente Bonita

Ela já se acostumou com mudanças

27.jul.2018

Muitas pessoas devem pensar que eu não tenho mais medo de mudanças nos fios. Visto que permaneço no máximo dois meses com determinada cor e logo depois parto para a próxima aventura. Mas desta vez foi diferente.

Como podem ver, estou com os fios trançados. Sim! Opção vista como simples para alguns, mas que eu balancei no início. Como tenho cabelo crespo, estou acostumada com o volume, com ele emoldurando o meu rosto. Já sei o que esperar quando olho no espelho. Agora, trança muda completamente o visual! O rosto fica mais aparente e você não lida mais com volume.

Engraçado que, quando eu alisava os fios, prezava sempre por menos volume. Quanto menos, melhor. Depois da minha transição, de entender como meu cabelo funciona e reage, conhecer diversos produtos, eu passei a amar! Tanto, que a ideia de não ter mais volume me soava completamente esquisita. COMO ASSIM MEU VOLUME VAI EMBORA? Nesse momento, QUASE foi embora a minha coragem para essa mudança. As cores? Fichinha perto de tranças que demorariam sete horas! E se eu não gostar do resultado final? E se eu me achar horríveeeeel?

Okay, respirei fundo e fui. Primeiro, tirar o violeta e depois pintar de cinza, tudo com Bio Extratus Color. Depois de dois dias, lavar, secar e trançar sem nenhum produto nos fios. Durante todo o processo eu não olhei no espelho. Queria deixar a surpresa para o final, sou assim quando pinto os fios. Tranças feitas… cadê o espelho?

COMO CABELO MEXE COM A AUTOESTIMA DA MULHER! Me olhei e achei estranho, me senti com cara de criança e na dúvida se estava bom ou ruim. Logo eu? Logo eu que não tenho medo de fazer nada nos fios? Pelo menos até aquele dia…

Colocando a mão, olhando mais atentamente, prestando atenção nos detalhes, testando penteados. Foi assim que eu vi na imagem refletida uma nova Maraisa. Sim, sei que é “só cabelo”, entretanto, mexeu demais comigo.

Primeiro porque eu só mudava a cor, já estava na minha zona de conforto; segundo porque fiz algo que nunca tentei antes; e terceiro porque me senti LINDA DEMAIS depois que cheguei em casa! Que maravilha é mudar o visual e perceber características que antes você nem sabia que estavam ali. Mudar e descobrir outras facetas da mesma mulher. Mudar e saber que você pode ser o que quiser e quando quiser.

Ou seja: toda mudança a princípio nos assusta. Mas ela pode ser o que precisávamos para encarar a vida de outra forma.

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Ah! Aqui foi o cabelo, mas na vida existem mudanças necessárias diariamente. Resta saber como escolhemos encará-las.

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Beijos
Mah

Maraisa Fidelis

Paulistana de 28 anos completamente apaixonada pela família. Formada em marketing mas escolheu trabalhar com beleza, que é o que lhe encanta. Fala feito louca, ri descontroladamente e quer apenas aj...

E quando o Photoshop dá certo?

3.jul.2017

Outro dia me peguei refletindo com uma amiga sobre a relação entre o photoshop e autoestima. É engraçado pensar que uma ferramenta feita para editar e embelezar imagens pode se tornar um vício e, usado em excesso, pode gerar muitos problemas psicológicos. Quando se trata de uma pessoa pública então, o buraco é mais embaixo. Quantas vezes não vimos fotos grotescas com edições toscas em que o fundo fica extremamente alterado e dá para ver, claramente, onde foi modificado?

 

Já vi vários perfis de sátira no instagram mostrando essas diferenças gritantes e diminuições de medidas toscas nas edições. Todos eles sempre mostram imagens de mulheres famosas, que diminuem cintura, aumentam quadril, deixam o bumbum e os seios lá em cima, se transformam com essa ferramenta. Quando esse erro de modificação fica na cara, o resultado é uma chacota nacional, que sai do instagram e cai na boca do povo e dos grandes portais de fofoca brasileiros.

Mas e quando essas edições funcionam? E quando é feita de forma tão profissional que realmente parece que o corpo da pessoa é daquela forma? Pensem em quantas milhões de mulheres seguidoras se cobram, todos os dias, para conquistar um corpo como o de uma atriz, modelo, musa fitness, blogueira, sendo que este nem é um corpo real. Quantas acreditam que uma dieta “low carb” vai deixa-la com aquela cintura maravilhosa, feita apenas com a ferramenta certa do photoshop ou outro aplicativo de edição qualquer.

Não é errado querer postar sua melhor foto em sua rede social. Não é errado escolher seu melhor ângulo para postar, nem colocar aquele efeito que deixa sua pele perfeita. O que eu acho errado é usar essas ferramentas de forma abusiva, que só ilude a si mesma e quem te segue. O photoshop e autoestima estão muito relacionados. Temos que sempre refletir sobre o que vemos nas redes sociais, o que pode nos agregar positivamente e o que pode nos deixar pra baixo e refletir na forma como nos vemos no espelho.

Ana Luiza Palhares

Sempre muito comunicativa, Ana Luiza nunca teve vergonha de mostrar quem é e o que pensa. Adora escrever textos sobre moda inclusiva e empoderamento feminino, hoje produz looks do dia plus size, rese...

A mulher que eu gostaria de ser

5.jun.2017

 

Por mais que as redes sociais deem a entender o contrário, eu estou em uma fase de limbo. Morando em outro país, com uma criança pequena em casa que a cada dia demanda mais da minha atenção, eu tive que suspender boa parte do meu trabalho para dar conta de tudo dentro de casa. Não saio tanto quanto eu gostaria porque tem dias que só de pensar de sair sozinha com uma criança que já tem muita vontade própria já me deixa exausta. Ir ao cinema virou um programa bem caro porque temos que pagar uma babysitter. Livros que antes eu lia em uma semana, hoje eu leio em 3 meses porque chega fim do dia, eu estou cansada e só quero banho e cama, no máximo um episódio de alguma série. Faz algumas semanas que eu não faço minhas unhas (estou aprendendo a fazer em casa, mas ainda sai um verdadeiro desastre). Sö cuido dos cabelos porque posso dizer “Amém, Bio Extratus”.

 

Não me arrependo das escolhas que fiz em momento nenhum, mas volta e meia me pego tentando suprimir sentimentos estranhos, que me fazem pensar que a vida de todo mundo está fluindo enquanto a minha está parada. E diria que as redes sociais são parcialmente responsáveis por esses pensamentos. Eu vejo meu feed do instagram e acompanho a blogueira que está viajando para todos os lugares do mundo, a amiga que virou médica postando como está realizada fazendo plantão, a conhecida advogada que saiu do trabalho para um happy hour e está lá, postando feliz. Vejo a mulher que eu acho linda que é mãe integral de 3 filhos pequenos e está sempre perfeita posando para as fotos. E por um momento eu fico pensando que eu não estou conseguindo ser a mulher que eu gostaria de ser.

 

Mas aí paro pra pensar: que mulher é essa? Eu queria ser médica? Não, para a decepção do meu pai eu nunca tive dom para essa profissão. Happy Hour com roupa de escritório? Mas eu não gosto de trabalhar em escritórios – por isso o blog me satisfaz tanto e sempre amei trabalhar freelance fazendo meus horários. Eu também nunca conseguiria ser o tipo de blogueira que não para nunca em casa, pois nesse sentido eu sou super canceriana. Amo viajar, mas depois de um tempo amo mais voltar pra casa. Lar doce lar sempre. E sobre a vida da mãe perfeita, bem…eu também só posto os meus momentos mais arrumados e bonitos, então imagino que quem veja de fora também pense que eu sou a mãe perfeita, não é mesmo? Uma foto que mostra um bebê brincando em um ambiente imaculado provavelmente acontece porque o entorno está uma zona. hehe

 

Aí eu volto para a minha vida, vejo meu filho brincando e percebo o privilégio que é poder acompanhar essa primeira fase da vida dele tão de perto, sem depender de creches ou babás. Olho para a minha casa e percebo que ela está desarrumada mas é aconchegante, em um bairro incrível e uma vista de tirar o fôlego. Vejo a programação cultural da cidade em que moro e noto como ela é intensa e cheia de novidades. Depois venho para o computador e percebo que tenho meu trabalho, meus amigos e que está tudo onde deveria estar. E por fim, olho para o espelho e feliz, volto ao normal e percebo que eu já sou a mulher que eu gostaria de ser. <3

Carla Paredes

Carioca morando em Nova York, mãe do Arthur e blogueira do Futilidades. Fala principalmente de moda, beleza e autoestima, sempr...

Você tem tido tempo para você?

24.maio.2017

Não importa, por mais que a gente queira tem dias – ou semanas – que não conseguimos ter tempo pra nós mesmas.

 

Arrumamos tempo para trabalhar, para cuidar do filho, da casa, do casamento, dar atenção para as amigas, para os pais, para os estudos. Quando vemos, priorizamos tudo e nos deixamos de lado.

Ok, tem dias que nos botar em último lugar se faz necessário, mas eu diria que dá para arrumar uns intervalos nesse meio tempo. Se achar no meio do caos às vezes é tão bom e saudável quanto passar o dia cuidando apenas de você.

Hoje eu resolvi vir aqui para listar alguns desses momentos que eu arrumo para mim e que me fazem tão bem! Vai que ajuda você também?

 

1 – Tá no trânsito? Bota a música bem alta (e se der, canta!) – as vezes o único momento que a gente tem sozinha é dentro de um carro, do ônibus e do metrô, e as vezes tá trânsito ou lotado, situações mais do que propícias para aumentar nosso nível de stress, que já não está baixo. Para mim o que salva é a música! Juro, tá pra nascer algo mais libertador do que botar o som do carro no último volume e cantar bem alto, ou então, se o transporte é público, cantar em silêncio porque eu tenho vergonha! Hehehe

 

 

2 – Dia de filas – tem dias que parece que tudo que a gente faz é pegar fila, né? Fila do banco, do mercado, na fármacia, parece que todos os lugares estão dando um jeito de fazer você chegar cada vez mais tarde em casa. Nessas horas, a melhor coisa é ter meu celular cheio de possibilidades legais para passar o tempo. E-book, joguinhos ou até mesmo Youtube para ver videos que eu perdi durante a semana. Só tem que garantir que o celular vai ter bateria suficiente para encarar esses momentos que tinham tudo pra ser de tédio.

 

 

3 – O banho vai ter que ser rápido? Que seja com os melhores produtos! – Tem dias que a gente toma banho só para ficar limpa, né? Pois eu digo que nesses dias corridos e estressantes, não importa o tempo do seu banho, ele tem que ter qualidade! Tem dias que eu mal tenho 15 minutos, e é justamente nesses dias que eu faço questão de usar os produtos mais incríveis e relaxantes que eu tenho. A manteiga de abacate de 60 segundos e o sal esfoliante de lavanda da Bio Extratus são meus principais companheiros. Saio renovada!

 

 

4 – Passe por algum lugar que te deixe relaxada – Você passa por um lugar que você curte quando sai do trabalho ou, depois daquele dia ultra corrido, você cruza com algum local que você ache agradável? Desacelere e curta! A tendência é a gente sair correndo para voltar logo pra casa, mas esquecemos que andar por aí tem seu valor. Se você todo dia passa de ônibus pela praia, por exemplo, que tal saltar e curtir uma água de coco antes de seguir caminho?

 

 

5 – Reserve meia horinha pra você antes de dormir – eu não sei vocês, mas eu fico muito frustrada quando passa o dia e parece que eu não consegui pensar em mim em nenhum momento. Nesses dias eu prefiro dormir um pouquinho mais tarde, fazer algo pra mim (pode ser ver Netflix, ler um livro, fazer as unhas, escovar o cabelo, tanto faz) e dar uma “enganada” no meu cérebro.

 

 

São essas pequenas coisas que fazem com que meus dias cheios se tornem um pouco mais agradáveis e eu me sinta novamente no comando da minha vida. Esses dias mais atribulados muitas vezes são inevitáveis, mas a forma de lidarmos com eles pode fazer com as horas passem de forma mais leve, não acham?

Carla Paredes

Carioca morando em Nova York, mãe do Arthur e blogueira do Futilidades. Fala principalmente de moda, beleza e autoestima, sempr...

Como parei de me comparar e comecei a me VALORIZAR

15.maio.2017

Antigamente, quando via uma pessoa muito bonita, especialmente quando se tratava de uma mulher, logo me comparava em todos os sentidos, sem ver grandes qualidades em mim. Na minha cabeça, para que eu fosse bonita como outras mulheres, eu precisava de cirurgião plástico, de muita dieta restritiva, de dinheiro para bancar artigos de moda e de um grande milagre.

 

 

É engraçado pensar o quanto eu fui, por diversas vezes, injusta comigo mesma. Queria caber em um jeans 36 sem ao menos notar que minha estrutura corporal não comportaria isso, por exemplo. Percebi que o objetivo das minhas comparações com outras mulheres sempre serviu para que eu identificasse os meus defeitos e os ressaltasse para mim mesma, deixando a minha autoestima no chão. Como se não bastasse essa auto sabotagem diária, eu ainda mantinha ao meu lado alguns inimigos particulares, que atacavam a minha segurança todos os dias, me fazendo viver com culpa por não ser perfeita como a outra.

 

Depois de um tempo refletindo sobre essa relação comigo mesma, percebi que eu teria total controle da minha vida se eu realmente me aceitasse da forma como eu sou, ou resolvesse mudar de forma saudável o que não curto tanto em mim. Comecei a me olhar no espelho todos os dias de forma diferente, procurando as minhas qualidades e tentando ressalta-las com artifícios de moda.

 

Nesse processo de mudança de olhar, comecei a anotar em uma agenda tudo que eu gostava em mim, tanto na parte física quanto em minhas atitudes. Dentre as partes que eu mais gostava em mim estava meu cabelo. Comecei a evidenciá-lo em minha vida, com penteados diferentes que me deixavam de bem com minha imagem no espelho. Outra parte que sempre gostei em mim foram as pernas. Comecei a valorizá-las na hora de escolher um look para meu dia a dia.

 

Todas essas pequenas ações me deixaram com uma imagem mais próxima do que eu idealizava para minha vida. Se hoje eu falo sobre moda, beleza e autoestima aliando essas três frentes, é porque realmente eu as usei muito para melhorar a minha relação comigo mesma. Comecei a ter um olhar mais carinhoso e menos exigente comigo, deixando essa relação pessoal mais natural e humanizada.

 

 

 

Com essa fórmula mágica que combina autoestima e aceitação, comecei a me sentir com total controle do que eu queria para minha vida. Comecei a não me comparar mais com outras mulheres e pensar que todas nós estamos em contextos diferentes, em momentos diferentes da vida e temos corpos obviamente diferentes. Parei de me colocar apenas em desvantagem em comparação aos outros e, como consequência, valorizo a minha trajetória pessoal e tudo que já conquistei até hoje.

Ana Luiza Palhares

Sempre muito comunicativa, Ana Luiza nunca teve vergonha de mostrar quem é e o que pensa. Adora escrever textos sobre moda inclusiva e empoderamento feminino, hoje produz looks do dia plus size, rese...

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