Naturalmente Bonita

Gordofobia

9.set.2022

Oi Bonitas tudo bem? Espero que estejam bem e se cuidando. 10 de setembro é o dia da Luta contra a Gordofobia e eu quero compartilhar com vocês alguns dados e mensagens importantes nessa luta contra o preconceito.

Você sabe o que é Gordofobia?

“Gordofobia é a aversão à gordura e as pessoas que estão acima do peso, fazendo com que se sintam inferiores aos outros. “Preconceito, tratar mal, desmerecer ou fazer a pessoa acima do peso se sentir inferiorizada são características que indicam a gordofobia”, analisa a nutróloga Ana Luisa Vilela.” ( Emais- Estadão).

O termo GORDOFOBIA surgiu por volta do ano de 2009 por conta de uma personagem chamada Perséfone, interpretada pela maravilhosa Fabiana Karla na novela “Amor a Vida”. Nessa trama, a família do futuro marido da personagem, não aceitava um casamento entre eles apenas por ela ser gorda.

Mas, a ficção virou realidade e hoje o que vemos na nossa sociedade são muitas “Perséfones” espalhadas que sofrem com o preconceito apenas por serem gordas.

“Perséfone” Persongem da Fabiana Karla da novela Amor a vida da Globo que sofreu Gordofobia.

Os índices atuais são alarmantes, e preocupantes!

Atualmente, conforme o IBOPE, 92% dos brasileiros obesos admitiram sofrer com gordofobia no convívio social.

De acordo com uma reportagem da Revista Exame, o mercado de trabalho paga mais para quem é magro.

Conforme uma empresa de recrutamento,  65% das empresas preferem não contratar pessoas gordas/obesas.

No mercado de trabalho a gordofobia pode ser interpretada como assédio moral e seguindo assim os trâmites já estabelecidos.Em alguns casos pode-se entender como injúria, crime  previsto no Código Penal, mas sabemos que até para provar que sofreu gordofobia não é fácil porque a sociedade tentar a todo momento invalidar o seu sofrimento e a sua dificuldade.

A mídia, por sua vez, faz o papel de reforçar a magreza à vida saudável, colocando modelos, blogueiras magras nas capas de revistas, como exemplos a serem seguidos, e reafirmando assim um sinônimo de perfeição a ser seguido e idolatrado.

Mel Soares mostrando que mulheres Gordas podem e devem se sentir bonitas

Mas, em contrapartida, as redes sociais podem ser grandes ferramentas para mulheres gordas mostrarem o seu empoderamento, que o corpo delas é apenas um corpo e não tem nada a ver com ser incapaz, por exemplo, de ocupar o mesmo lugar social de uma mulher magra. É uma luta grande, diária, que envolve a mudança de mentalidade de uma sociedade acostumada e treinada para ler que exclusivamente o magro é saudável e o gordo não é.

As pessoas têm muita dificuldade em associar mulheres gordas a cargos de destaque ou poder!

No Brasil, 1 em cada 5 pessoas está com sobrepeso ou obesidade conforme os dados do Ministério da Saúde e estima-se que em 2025 aproximadamente 700 milhões de brasileiros estarão obesos. Estudos apontam também que as consequências da gordofobia ou bullying em crianças é ainda mais preocupante psicologicamente, pois o sofrimento emocional pode levar ao prejuízo em outras áreas da vida.

Flávia Durante criadora do Pop Plus é uma grande ativista nessa luta!

É muito natural, (mas não deveria ser) vermos pessoas gordofóbicas tendo atitudes que reforçam o preconceito, e causando situações constrangedoras às pessoas gordas. E isso aumenta muito no ambiente familiar.

Atualmente o gordo nem sempre tem acessibilidade, muitas vezes ele deixa de fazer algo que gosta por medo de, por exemplo, não ter uma cadeira firme que vá aguentar o peso de seu corpo, ou até mesmo quando vai ao hospital e não há o manguito adequado para aferir a pressão. Com isso ele começa a deixar de socializar, evita médicos que possivelmente o ajudariam de alguma forma.

A gordofobia é um preconceito que estrutura todo um conjunto de ações que excluem, segregam e inviabilizam o corpo gordo. Trata-se de um problema estrutural que precisa ser combatido com políticas públicas, conscientização social e busca por ações efetivas que quebrem o ciclo de violência com os corpos gordos.

Lido diariamente com a Gordofobia na área que atuo, falando de moda na internet a 11 anos ainda sofro muito preconceito pelo tamanho da minha barriga. Criou-se um padrão até mesmo dentro desse nicho que deveria acolher pessoas gordas. Infelizmente ainda é uma luta grande onde precisamos trabalhar o amor próprio dessas mulheres todos os dias.

  • 50,1% dos brasileiros precisam lidar com colegas de trabalho que fazem piadas com o próprio corpo ou com foco em outras pessoas gordas;
  • 41% apontam cabines de banheiro estreitas nos escritórios e ambientes de trabalho;
  • 8% relatam que as empresas preferem que a pessoa gorda não tenha contato direto com cliente e fique no backstage;
  • 70,1% relatam atendimento médico negligente;
  • 25,7% relatam falta de macas, braçadeiras e equipamentos médicos que comportem o seu corpo em hospitais e centros de saúde;
  • 63% tiveram queixas de saúde ignoradas;
  • 86,4% receberam recomendação para perda de peso sem análise prévia de exames;
  • 42,5% enfrentam catracas que impedem acesso livre aos locais e transporte público;
  • 86,1% têm dificuldade de encontrar vestuário;
  • 32,7% possuem parceiros amorosos que insistem no emagrecimento;
  • 70% têm familiares e amigos que fazem piadas com seu corpo;
  • 63,8% enfrentam habilidades questionadas por serem gordas.

O problema de uma sociedade gordofóbica não está no gordo, mas sim na própria sociedade, precisamos conscientizar as pessoas que RESPEITO é a principal arma para combater esse preconceito!

Espero que tenham gostado da matéria e que juntas a gente possa ajudar nessa luta. Um Beijão.

Mel Soares

GirlBoss •Fashion•BodyPositive

LGBTQIA+ – Vem Entender Pra não Esquecer Mais!

29.jun.2022

28 de junho marca o dia do orgulho LGBTQIA+, um dia não só de celebração, mas também de luta pela garantia de direitos. 

A sigla da comunidade passou por alterações ao longo do tempo, isso porque ficou evidente a necessidade de estampar a maior quantidade de bandeiras possível, para que de fato seja um movimento representativo em todos os recortes.

Cada uma dessas letras fala sobre uma identidade, sexual ou de gênero, e inclui-las no nome que carrega a bandeira do arco-íris significa também dizer que elas existem e que as suas cores merecem ser pintadas e respeitadas na história do orgulho.

A letra L do LGBTQIA+

Mulheres Lésbicas no mundo inteiro são violentadas, objetificadas e têm seus corpos violados pela lógica machista, que constroi uma sociedade inteira predisposta a servir aos homens.

A letra G do LGBTQIA+

Homens Gays carregam consigo um histórico de agressões que vão desde os apelidos pejorativos até mesmo as ameaças e ataques físicos. 

A letra B do LGBTQIA+

Pessoas Bissexuais são frequentemente invisibilizadas e descredibilizadas em relação sua sexualidade. São postas em rótulos aos quais não pertencem e constrangidas em sua individualidade.

A letra T do LGBTQIA+

Pessoas Trans e Travestis são historicamente associadas à marginalidade, muitas vezes privadas dos direitos básicos como moradia, alimentação, empregabilidade e outros. São mortos e mortas simplesmente por ser quem são! Obrigades a lidar com a disforia de gênero em meio aos abusos físicos e psicológicos da sociedade transfóbica.

A letra Q do LGBTQIA+

O termo Queer surge de um antigo xingamento, comum nos EUA, contra pessoas LGBT. Pessoas Queer encaram diariamente o peso de questionar a heteronormatividade através de sua orientação sexual, identidade ou expressão de gênero.

A letra I do LGBTQIA+

Pessoas intersexo sofrem com o julgamento apontado aos seus corpos, que têm alguma alteração biológica relacionada ao gênero. Ainda existe muita confusão e desinformação no que diz respeito a essa sigla, por isso derrubar o estigma e as ideias violentas que partem da ignorância, significa também impactar o que gera o preconceito. 

A letra A do LGBTQIA+

Viver em um sistema onde você cresce entendendo que o sexo é algo inevitável, quase que vital e que faz, necessariamente, parte das relações amorosas ou casuais é, no mínimo, doloroso para pessoas Assexuais, que sentem pouca ou nenhuma atração sexual.

Para essas pessoas, as relações podem ser construídas além disso, como através do sentimento romântico, sem a necessidade sexual.

O que representa o + do LGBTQIA+ ?

É no + da sigla que estão as pessoas pansexuais e gênero fluido, por exemplo. No caso das pessoas não-binárias, a opressão pode partir até mesmo da própria lingua, que traz consigo aspectos culturais e estuturais, como a binariedade de gênero.

A trajetória da comunidade LGBTQIA+ é de resistência, revolução e reinvindicação, não só pelo direito de amar, afinal de contas as relações não se dão somente neste lugar do amor romântico.

A luta é pela segurança, espaço e reconhecimento no mercado de trabalho, direito às relações livremente, acesso a cargos políticos, representatividade, pela voz, por direitos já assegurados a outros grupos, como a alimentação, educação, lazer, parentalidade, o casamento, e até pela própria vida.

Joicy Eleiny

Joicy Eleiny, pernambucana nascida no interior e morando na capital. 21 anos, mulher negra, crespa e LGBT compartilhando empoderamento e provocando discussões acerca de suas lutas principalmente atra...

Nosso Compromisso Com a Natureza

6.jun.2022

Um dos principais motivos para que eu entrasse para a “firma” foi justamente a preocupação em cuidar da natureza e pela utilização de produtos naturais na composição dos produtos. Então, aproveitando O Dia Mundial do Meio Ambiente, vamos falar sobre alguns cuidados da Bio Extratus com o futuro do planeta e os impactos disso no mundo. 

Começamos perguntando: quando você ouve falar em fábrica, logo vem em mente chaminés, cinza, poluição, fumaça e muito desperdício, certo? Por aqui é muito diferente! Dá só uma olhada nessa estrutura de fábrica que não tem nada do que a gente imaginava:

 

Parceria Bio Extratus e Natureza

A Bio Extratus surgiu em 1991 com a ideia de dois cabeleireiros que amavam a natureza e decidiram colocá-la nos seus produtos capilares de forma inicialmente artesanal e que se transformou no que chamamos hoje de Fábrica dos Sonhos. 

Lembro que quando fui visitar a fábrica fiquei encantada em como tudo é lindo e verde. Muito verde! Nem parece que estamos em uma fábrica na verdade; é um lugar tão bonito que da para fazer um passeio com amigos, família ou o crush (risos) tranquilamente (tem até pedalinhos de cisnes). 

 

Energia Fotovoltaica

Além da beleza na estrutura da fábrica, a marca tem projetos como o Sol Nascente que ganhou o VII Prêmio Hugo Werneck de Sustentabilidade na categoria Melhor Empresa. O projeto tem foco em energia solar fotovoltaica, que conta com placas formadas por células de silício que conseguem gerar e conduzir energia elétrica a partir da incidência de luz solar.

Em 2016, aconteceu a instalação do maior sistema privado de geração de energia solar fotovoltaica em sua planta industrial conectada à rede da Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) e o maior do Brasil, segundo o site da ANEEL. 

Tratamento de Água e recuperação de nascente

Existe desde 2002 um processo de tratamento dos resíduos gerados que são canalizados para tanques apropriados onde recebem um tratamento para devolver à natureza água compatível ao meio ambiente. Isso é fantástico! Imagina se toda a água do planeta utilizada nas indústrias fosse tratada dessa forma? Ah! A Bio Extratus recebeu o certificado de licença ambiental da FEAM (Fundação Estadual do Meio Ambiente) por conta desse compromisso com a natureza. 

 

Mais uma das coisas que acontecem  é a recuperação de nascentes de água. Isso me deixou imensamente fascinada porque o trabalho vai além de evitar danos, mas de restaurar o que foi degradado pelo homem. Ler esse tipo de coisa me faz ter mais esperança pelo futuro das próximas gerações!

Chique né? Eu acho compromisso com a natureza um coisa muito chique. 

AQUI, no site da Bio Extratus você pode ler com mais detalhes todas as informações passadas aqui e ainda saber sobre outras com mais detalhes. 

No mais, só tenho a agradecer por existirem empresas assim, o planeta agradece imensamente e meu coração fica quentinho! Fiquem com o vídeo da nossa campanha de 2019 que também fala muito sobre nossa paixão pela natureza:

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação compartilhada por Bio Extratus (@bioextratus) em

Luciellen Assis

Luciellen é baiana, de Feira de Santana. Aborda temas, em seus canais, que variam entre estética e beleza negra, moda, autoestima, empoderamento e relações raciais.

O que aprendi com minha mãe

6.maio.2022

Ahhh as mães… Elas nos ensinam tanto, não é mesmo? Sempre tem um segredinho, uma receita caseira, a solução de todos os problemas do mundo, e é por isso que elas são tão especiais!

Falando em mãe, não poderíamos deixar de fazer uma homenagem sobre tudo o que aprendemos com elas sobre cabelos! Internet, Google, Youtube, tutoriais e gurus de beleza são coisas da modernidade, antigamente quem sempre fazia esse papel – e com maestria, diga-se de passagem – eram as nossas mães e nossas avós que nos ensinavam como cuidar e deixar nossos cabelos ainda mais lindos, por isso hoje eu trago o top 5 dicas de cabelos que aprendi com a minha mãe! 

1. Enrolar o cabelo com pedacinhos de papel

Antigamente era muito mais difícil ter acesso a aparelhos elétricos, e alguns deles acredito que nem existiam, por isso a dica da mamãe para enrolar o cabelo de maneira natural era secar o cabelo e enrolar ele no papel alumínio, ou qualquer que fosse um papel mais rígido que apoiasse os fios. Além de dar certo, é uma ténica mais saudável para os fios, já que não coloca calor no cabelo.

2. Chá de camomila para clarear os fios

Há que diga que é mito, mas sempre ouvi da minha mãe que chá de camomila clareava os fios. Tem fundamento, apesar de o indicado ser usar produtos próprios para cabelo que existem atualmente no mercado, como é o caso da linha Botica Camomila, que é sim feita a partir da camomila, mas com ingredientes específicos para o cabelo. A camomila ajuda a deixar o cabelo mais brilhoso, dando a sensação de um cabelo mais claro.

3. Babosa para crescer o cabelo

Outra dica das antigas é passar babosa no cabelo para ajudar os fios a ficarem mais fortes e consequentemente crescerem mais rápido.

4. Corta uns dedinhos pra crescer mais forte

Essa também é clássica: “Corta uns dedinhos do cabelo pra ele crescer mais forte!”, quem nunca ouviu essa dica da mãe por aí, hein? E elas estão certas! Cortando uns dedinhos do cabelo regularmente, você vai tirar as pontas duplas e quebradiças, que consequentemente vão dar lugar a uma ponta mais saudável e que não fique quebrando a todo momento.

5. Não deixa a água muito quente pra não queimar os fios

E mais uma vez as mamães tendo a razão, né? Sempre ouvi da minha mãe que água quente faz mal tanto para a pele como para os fios, e isso é verdade! Isso porque a alta temperatura da água favorece o ressecamento da pele e dos fios, e consequentemente deixando ele com um aspecto opaco e quebradiço.

E você? Quais dicas de cabelo aprendeu com a sua mãe ao longo dos anos?

Aproveito o post para desejar um feliz dia das mães a todas as leitoras do blog que são mamães! 🙂

Um grande beijo!

Bruna Munhoz

Bruna Munhoz, paulista, é formada em Administração Financeira e uma apaixonada por beleza, moda, viagens e tudo que diz respeito ao universo feminino. Dessa paixão, surgiu o desejo de criar o blog...

Não é elogio, nem uma simples opinião

11.mar.2022

Sabe aquele comentário que se faz “sem querer” expresando uma “opinião” não solicitada, que acaba ofendendo alguém? É sobre isso que precisamos falar!

Sua opinião fala mais sobre o outro ou sobre você?

Muitas vezes o corpo do outro vira alvo de análise e julgamento, quando você se sente no direito de interferir com sugestões sobre a aparência ou escolhas que não lhe dizem respeito. Alguns “elogios”, na verdade estão carregados de preconceito, por isso é importante perceber a exposição do outro em nome da própria necessidade de opinar. 

De onde vem essa opinião? O que ela representa, como foi construída e como ela agrega? Ela é realmente necessária para o outro ou fala muito mais sobre você?

Nesse texto, você vai ver alguns exemplos de “elogios” direcionados aos cabelos, que na verdade só reforçam um estereótipo racista.

NÃO é elogio quando:

As tranças são símbolo de restência ancestral, por isso não podem ser tratadas simplemente como um recurso estético separado da sua história. Não é elogio ou simplesmente opinião se você precisa ofender uma das representações de identidade para enaltecer outra. Ambas as versões falam sobre pessoas, histórias, ancestralidade e merecem respeito.

Dentre as diversas violência que atravessam a mulher preta, está o olhar e julgamento através seu cabelo crespo. A ideia de que esse tipo de fio deveria ter uma curvatura definida anula e inferioriza suas características naturais. A surpresa ao descobrir maciez ou o questionamento da higiene levam ao olhar pejorativo de cabelo duro ou sujo, por exemplo.

Não é saudável colocar escolhas ou até características naturais em posições comparativas, rivalizando. Principalmente quando a “opinião” é lançada sobre um processo que faz parte da construção da identidade enquanto mulher preta, como a transição capilar.

Vale o risco?

É preciso ter delicadeza ao falar sobre o outro, porque cada bagagem tem um peso particular que só conhece quem carrega.

Opinião bem vinda é sempre aquela que foi solicitada, portanto além disso cabe analisar a necessidade e o objetivo de determinados comentários.

Quando não se tem certeza se uma mensagem pode machucar outra pessoa, não vale a pena correr o risco de falar. Então, na dúvida, não faça!

Joicy Eleiny

Joicy Eleiny, pernambucana nascida no interior e morando na capital. 21 anos, mulher negra, crespa e LGBT compartilhando empoderamento e provocando discussões acerca de suas lutas principalmente atra...

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